NOMADISMO COMO POTÊNCIA DE SONHAR: O NÔMADE E SUA MÁQUINA DE GUERRA

DHEMERSSON WARLY SANTOS COSTA

Resumo


A máquina de guerra é uma invenção nômade, uma forma de escapar do sistema de dominação estatal, um ato político de resistência, lutas travadas em meio ao deserto da vida para não se deixa aprisionar pelos grandes grupos populacionais e suas teias políticas centralizadoras, que visam somente à unidade. O nômade resiste, habita o meio, transita fora dos muros da cidade, de um ponto a outro, tornando o espaço um campo de intensidades, fluxos e matérias pré-formadas. É no movimento que reside à resistência nômade, abalando as estruturas do aparelho de Estado e seus modos de organização. O conceito de máquina de guerra será tomado como um movimento de resistência, criação e invenção, um agenciamento para o ato de sonhar em meio ao século XXI, dominado pela ciência e suas tecnologias que prescrevem uma série de técnicas, normas, leis e diretrizes que normatizam um modo único de habitar o mundo, uma sexualidade binariamente desejada, um corpo ideal, uma identidade monolítica e um pensamento verdadeiro que engendram toda a potência de experimentação do corpo e da vida humana e a possibilidade de sonhar nesse cenário instrumentalizado.


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Referências


DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil platôs-vol. 5. Editora 34, 2013.

FORSTER, G. Desterritorialização do" eu" em contos de Caio Fernando Abreu. revista de letras, p. 91-108, 2009.

MARQUES, D. Literatura como máquina de guerra. Letras, n. 38, p. 23-32, 2009.

ONETO, P. G. Domenech. A Nomadologia de Deleuze-Guattari. Lugar Comum (UFRJ), v. 1, p. 147-161, 2008.


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