A subversão do algorítimo

Aureo Guilherme Mendonça

Resumo


Resumo A subversão do algorítimo significa que podemos pensar as possibilidades de mudarmos ou de exercermos algum controle sobre o universo dos algorítimos que praticamente conduzem nossas vidas em rede. Para isso necessitamos mudar nossas concepções atuais de mundo, enxergarmos para além do apenas visível, já que esses algorítimos são imperceptíveis ao olhar comum. E esse é um verdadeiro trabalho de inclusão digital. Não queremos apenas ampliar o número de usuários, mas principalmente o número de internautas conscientes de sua ação em rede.


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Referências


Ora, o predomínio da faculdade analítica rouba necessariamente a força e o fogo à fantasia, assim como a esfera mais limitada de objetos diminui-lhe a riqueza. Por isso o pensamento abstrato tem, frequentemente, um coração frio, pois desmembra as impressões que só como um todo comovem a alma; o homem de negócios tem frequentemente um coração estreito, pois sua imaginação, enclausurada no círculo monótono de sua ocupação, é incapaz de elevar-se à compreensão de um tipo alheio de representação. (SCHILLER, 1990, Pág. 43)

O caminho que as sociedades tomarão certamente não depende do próprio código, mas da capacidade que têm as sociedades e suas instituições de impor o código, resistir a ele e modificá-lo. Na aurora do século XXI há uma inquietante combinação no mundo da internet: ideologia libertária generalizada ao lado de uma prática cada vez mais controladora. Movimentos sociais em defesa da liberdade na internet, como a coalizão formada em torno do Eletronic Privacy Information Center nos Estados Unidos, são fontes essenciais para a preservação da internet original como uma esfera de liberdade. Mas a resistência não bastará. Leis, tribunais, opinião pública, mídia, responsabilidade corporativa e agências políticas serão as áreas decisivas em que o futuro da internet será moldado. Redes globais não podem ser controladas, mas pessoas usando-as podem, são e serão – a menos que as sociedades optem pela liberdade da internet, agindo a partir das barricadas de seus libertários nostálgicos, e além delas. (CASTELLS, 2003, Pág. 151)


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