O RELÓGIO, A LOCOMOTIVA E O CHIP: CORPO, TECNOLOGIA E SEMIÓTICA

Fabio Zoboli, Elder Silva Correia, Renato Izidoro da Silva, Adolfo Ramos Lamar

Resumo


O corpo vem se transformando sob as condições que as ciências/tecnologias lhes oportunizam. Este ensaio contempla uma sintética apresentação teórica do corpo no que tange a sua fusão com a ciência/tecnologia no âmbito das metáforas com a máquina. Num primeiro momento histórico a metáfora aparece sob a ótica do “relógio”, para depois avançar para o modelo da “máquina a vapor”, e, na contemporaneidade assumir a condição do “chip” – corpo como um sistema de informação e códigos. Desta forma, partimos do pressuposto semiótico de que o corpo é uma sede de signos, ou ainda, tanto uma plataforma para receber inscrições quanto um texto a ser lido por diversos campos científicos (e não científicos). A partir da Semiótica e seus conceitos de Signo, Objeto imediato e Objeto dinâmico, apresentamos e entendemos que tais metáforas fazem parte de um processo de “produção do corpo”, processo este que gera sentidos e significações do corpo, sendo os campos da anatomia, fisiologia e engenharia genética, operadores deste processo.


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Referências


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