CRÁTILO: DA NATUREZA DA LINGUAGEM AOS CÓDIGOS DO PALIMPSESTO CIBERNÉTICO

Ricardo Portella de Aguiar

Resumo


A leitura de Crátilo (ou: Sobre a justeza dos nomes), de Platão, nos remete a uma discussão entre convencionalistas, representados por Hermógenes, os quais acreditavam que a relação entre as palavras e as coisas trata-se de uma mera convenção social dos falantes de um determinado idioma; e naturalistas, representados por Crátilo, que defendiam haver uma relação natural e direta entre as palavras e os objetos1 que elas designam. Neste embate, no qual Sócrates faz o ―papel de conciliador de teses opostas‖ (MUCCI, 2005, p.37), Platão desenvolve uma reflexão ponderada sobre essas duas tão opostas teorias. O tema é atualíssimo em um momento no qual a virtualização do concreto, feita a partir das linguagens e modelos do computador, é denominada de realidade virtual‖.

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Referências


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