O mundo moderno está marcado pela invasão da tecnologia no cotidiano. Essa intervenção afeta não apenas o estilo artístico ou a abordagem temática, mas abre espaços para se pensar a arte dentro de outros padrões e formatos, semelhantes ou distintos daqueles habituais das ditas belas artes — a literatura impressa e a pintura, a gravura, o desenho e a escultura em suportes e meios convencionais. Nesse contexto, a ciência e a tecnologia possibilitaram outras formas de escrituras e de comunicação, inaugurando, dessa maneira, novas possibilidades para a produção de arte. O Homem contemporâneo convive com a tecnologia das tecnologias, com as diferentes redes de informação e com os diversos paradigmas que surgem em consequência desse processo. Essa nova forma de estar no mundo evidencia formas de compreensão do corpo para além do humano — corpo-fragmento, corpo expandido, corpos-objetos, corpos-imagens. Nesse sentido, abrem-se, nos diferentes campos do conhecimento, outras perspectivas éticas e estéticas, que fazem surgir outras formas de linguagens e modos de comunicação. Esta revista é dedicada a esse homem híbrido, ao seu corpo aprisionado na liberdade da tecnologia e às diferentes manifestações possíveis nesse novo mundo.