ARTE E LINGUAGEM: ENCONTROS POSSÍVEIS ATRAVÉS DA OBRA DE MIGUEL RIO BRANCO
Resumo
Que ressonâncias pode uma obra de arte? Quais emoções, memórias, afetos e afecções provoca uma obra de arte no seu observador? Estas são perguntas que motivam e atravessam o texto. Obra de arte e observador, relação de mão-dupla, de ir-e-vir de sensações, nem sempre possíveis de serem descritas em linguagem verbal, às vezes, a sensação se expressa em um gesto do corpo. Dessa forma, este texto pretende aproximar a obra de Miguel Rio Branco à obra do Francis Bacon, tendo como eixo transversal a ideia de deserto, presente, principalmente na obra de Rio Branco. Como referências teóricas, dialogo, basicamente, com Luciana Dantas (2013) e Gilles Deleuze (2007). As imagens contidas no texto desafia o olhar, as memórias, os estranhamentos e libera o corpo para as diversas sensações potencializadas pelas obras. Desse complexo encontro de espaços-tempos o observador mobiliza suas subjetividades e recria subjetividades outras podendo sentir e olhar para obra, para o mundo e para si mesmo de outra maneira.
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PDFReferências
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