ARTE E LINGUAGEM: ENCONTROS POSSÍVEIS ATRAVÉS DA OBRA DE MIGUEL RIO BRANCO

Livia Dias Azevedo

Resumo


Que ressonâncias pode uma obra de arte? Quais emoções, memórias, afetos e afecções provoca uma obra de arte no seu observador? Estas são perguntas que motivam e atravessam o texto. Obra de arte e observador, relação de mão-dupla, de ir-e-vir de sensações, nem sempre possíveis de serem descritas em linguagem verbal, às vezes, a sensação se expressa em um gesto do corpo. Dessa forma, este texto pretende aproximar a obra de Miguel Rio Branco à obra do Francis Bacon, tendo como eixo transversal a ideia de deserto, presente, principalmente na obra de Rio Branco. Como referências teóricas, dialogo, basicamente, com Luciana Dantas (2013) e Gilles Deleuze (2007). As imagens contidas no texto desafia o olhar, as memórias, os estranhamentos e libera o corpo para as diversas sensações potencializadas pelas obras. Desse complexo encontro de espaços-tempos o observador mobiliza suas subjetividades e recria subjetividades outras podendo sentir e olhar para obra, para o mundo e para si mesmo de outra maneira.


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Referências


BELTING, Hans. Antropologia da Imagem. Trad. A. Morão. Lisboa: KKYM + EAUM, 2014.

DANTAS, Luciana Guimarães. O abrir-se da atenção na experiência da arte. In: 22º Encontro Nacional Ecossistemas. Belém, Pará, 2013, p. 1609-1624.

DELEUZE, Gilles. Francis Bacon: Lógica da sensação. Trad. Roberto Machado (coordenação). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p.11-113.

PELBART, Peter Pál. O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento. São Paulo: N-1 Edições, 2013.

PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido: do lado de Swan. Trad. Pedro Tamen. Relógio D’água, Lisboa, 2003.

ULPIANO, Claudio. O atual e o virtual ou o objetivo, o subjetivo e o fora. Aula transcrita de 12/09/1995. Disponível em: . Acesso em 17out.2015.


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