A POESIA DIGITAL: A PRODUÇÃO POÉTICA INSERIDA NO MUNDO DAS TECNOLOGIAS

Kátia Caroline de Matia, Mirian Hisae Yaegashi Zappone

Resumo


No contexto cultural das novas tecnologias, a visualidade, o som, o movimento, o hipertexto são elementos significativos, e esses elementos passam a ser utilizados na produção de novas textualidades. O campo teórico da literatura, antes preocupado somente com a materialidade verbal, passa agora a se preocupar com as materialidades do digital, uma vez que, o ciberespaço abre possibilidades à literatura dificilmente imaginadas no passado. Emergem textualidades que instauram um novo paradigma que se difere do paradigma vinculado ao impresso.  Neste artigo abordaremos a poesia digital, um tipo de poesia produzida no ciberespaço e que por utilizar modos além do verbal suscita novos modos de leitura. A título de exemplo faremos uma breve análise do poema digital Oraculum e as suas relações significativas a partir dos seus diversos modos semióticos.


Texto completo:

PDF

Referências


ANTONIO, Jorge Luiz. Tecno-arte-poesia: análises de procedimentos. Revista Interact – Interfaces, Ed.15. Disponível em: . Acesso em: 10/2012.

BENJAMIN, Walter. A modernidade e os modernos. 2.ed. Trad. Heindrun Krieger Mendes da Silva , Arlete de Brito e Tânia Jatobá. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000.

CAMPOS, A.; PIGNATARI, D; CAMPOS, H. Mallarmé. São Paulo: Perspectiva: 1974.

_______________. Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960. 2ª ed. São Paulo: Editora Livraria Duas Cidades, 1975.

ECO, Umberto. Tratado geral de Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 1982.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4 ed. Tomaz Tadeu da Silva e Quacira Lopes Louro (trad.). Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

HAYLES, Katherine. Literatura Eletrônica: novos horizontes para o literário. Trad. Luciana Lhullier e Ricardo Moura Buchweitz. São Paulo: Global, 2009.

KIRCHOF, Edgar Roberto. O desaparecimento do autor nas tramas da literatura digital: uma reflexão foucaultiana. Signo, Santa Cruz do Sul, v. 34, n. 56, p. 47-63, jan./ jun. 2009.

Disponível em: http://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/viewFile/962/683. Acesso em: 05/2012.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.

McLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. Trad. Décio Pignatari. São Paulo: Cultrix, 1974.

PIGNATARI, D.; PINTO, Luiz Angelo. Nova linguagem, nova poesia. In: CAMPOS, Augusto de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo de (Org.). Teoria da Poesia Concreta: textos críticos e manifestos: 1950-1960. 2.ed. São Paulo: Duas Cidades, 1975, p.159-171.

_______________. Comunicação poética. 3. ed. São Paulo: Editora Moraes, 1981.

POSTMAN, Neil. Technopoly: the surrender of culture to technology. Knopf, 1992.

POUND, Ezra. ABC da Literatura. Tradução de Augusto de Campos e José Paulo Paes, São Paulo, Editora Cultrix, 1977.

RYBALKA, Michel. O Pós-modernismo e a Literatura. Trad. Adalberto de Oliveira Souza. Washington University, St. Louis, 1991 (manuscrito).

SANTAELLA, Lúcia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

SÍMIAS. Ovo. In: Poemas da Antologia Grega ou Palatina: séculos VII a. C. a V d. C.Seleção, tradução, notas e posfácio de José Paulo Paes. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 42-43,108-109.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.