A UTOPIA ROMÂNTICA NA PERSPECTIVA DE MICHAEL LOWY
Resumo
RESUMO: Este artigo abordará a concepção que Michel Lowy (1938) desenvolve em sua obra sociológica e filosófica, em torno dos temas romantismo e revolução, dispostos por todo o conjunto de seu corpus que já completa mais de vinte títulos publicados em português. O caminho de revisão que Lowy realiza está apoiado nos trabalhos inaugurais de George Lukács (1885-1971) e Lucien Golmann (1913 - 1970), autores vinculados à empresa marxista de sistematização das ideologias e cosmovisões modernas. Retomar o romantismo nesse contexto significará para Lowy e essa escola romper barreiras e preconceitos com relação à visão de mundo essencialmente utópica; uma vez que sabemos que os românticos sustentam um sonho anticapitalista desde as mais variadas referências. Se Lowy pontua o surgimento do romantismo em Rousseau, a reverberação dessa estrutura da sensibilidade é completamente disseminada, principalmente através das influências de autores como Walter Benjamin, Nietzsche dentre outros. As possíveis reentradas que a teoria elaborada por Lowy anuncia, leva-nos enfim, a desejar compreender mais profundamente quais características reúne os diferentes autores e tendências ao todo estrutural desse movimento.
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PDFReferências
BENJAMIN, Walter, O Anjo da História, Tradução de João Barrento, São Paulo. Autêntica, 2ª Ed., 2012.
EAGLETON, Terry, As ilusões do pós-modernismo, tradução Elisabeth Barbosa, Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 1998.
LOWY, Michael, Aviso de incêndio: Uma leitura das teses Sobre o Conceito de História,
______. Goldman e o Estruturalismo genético, Serv. Soc. Soc., São Paulo: n. 125, p. 24-40, jan./abr. 2016.
______. Revolta e Melancolia: o romantismo na contracorrente da modernidade, Tradutor Nair Fonseca, São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.
______. Romantismo e Messianismo. Ensaios sobre Lukács e Benjamin, São Paulo: Edusp/ Ed. Perspectiva, 1990.
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