Indefinindo fronteiras na Música: uma análise sobre o grupo Uakti

Caroline Karasinski Barros

Resumo


O grupo Uakti trabalhou entre 1978 e 2015 com o objetivo de gerar combinações entre os instrumentos musicais, como também em criar um espaço que acolhesse as investigações e produções musicais do grupo proporcionando trocas, aprendizagens e manifestações artísticas variadas entre os integrantes do Uakti, caracterizando-se pela particularidade de criar e produzir seus instrumentos musicais, algo que se refletiu não apenas na sonoridade de suas músicas, mas também nos corpos dos músicos ao interagirem com esses instrumentos. O trabalho do grupo perpassou por várias áreas do conhecimento, dentre elas Música, Dança, Arquitetura, Engenharia, Artesanato, Marcenaria, Física, Eletrônica, entre outras. Esta pesquisa se propõe a analisar o grupo Uakti como proposta híbrida a partir da teoria da Paisagem Sonora de Schafer (2001) na Música e da Análise de Movimento de Laban (1971) na Dança, com perspectivas transdisciplinares que possibilitam a construção de conhecimentos para o campo da Educação. Compreende-se que pensar o grupo Uakti como proposta híbrida agrega o compartilhamento de conhecimentos e sua desfragmentação, pois se percebe que o acesso à Música pode se dar por outras áreas de conhecimento que não sejam necessariamente do campo específico da Música, e também de relações artísticas e/ou não artísticas que promovam a desfronteirização entre os conhecimentos. 


Texto completo:

PDF

Referências


D’AMBROSIO, Ubiratan. Transdisciplinaridade. São Paulo: Palas Athena, 1997.

FARIAS, Mayara Ferreira de; SONAGLIO, Kerlei Eniele. Perspectivas Multi, Pluri, Inter e Transdisciplinar no Turismo. Revista Iberoamericana de Turismo. – RITUR, Penedo. V. 3, n. 1, p. 71-85, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/19066/1/PerspectivasMultiPluri_2013.pdf Acesso em 13/01/2018.

FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema Laban/Bartenieff na formação e pesquisa em Artes Cênicas. – São Paulo: Annablume, 2002.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o minidicionário da língua portuguesa. – 7 ed. – Curitiba: Ed. Positivo, 2008.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. – 11 ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. Ed. Organizada por Lisa Ullmann. – São Paulo: Summus, 1971.

MARQUES, Isabel A. O artista/docente: ou o que a Arte pode aprender com a Educação. Ouvirouver. V. 10, n. 2, p. 230-239. Jul./Dez. 2014.

_________________ Revisitando a dança educativa moderna de Rudolf Laban. Sala Preta. Universidade de São Paulo, v. 2, p. 276-281, 2002.

NEVES, Neide. A técnica como dispositivo de controle do Corpomídia. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). São Paulo, 2010.

OLIVEIRA, André Luiz Gonçalves de. Paisagem Sonora como obra híbrida: espaço e tempo na produção imagética e sonora. Semeiosis: Semiótica e Transdisciplinaridade em Revista. São Paulo, 2010.

RIBEIRO, Artur Andrés. Grupo Uakti. Estudos Avançados. Vol. 14. N. 39. São Paulo: Mai./Ago. 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142000000200016&script=sci_arttext&tlng=pt Acesso em 16/07/2017.

SANTOS, Akiko. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. Revista Brasileira de Educação. V. 13, n. 37. Jan./Abr. 2008, p. 71-84. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n37/07.pdf Acesso em 07/01/2018.

SCHAFER, Murray F. A afinação do mundo. – São Paulo: Editora UNESP, 2001.

SENNET, Richard. O artífice. Editora Record, 2009.

SERGL, Marcos Júlio. Em busca de paisagens sonoras. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Computação. Salvador/BA. Jul./Set. 2002.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.