METODOLOGIA ALFABETIZAÇÃO CORPORAL: DO SONHO ÀS PRÁTICAS NÃO EXCLUDENTES

Cida Donato, Felie Soares Macedo, Cristina Ramos

Resumo


A inclusão da pessoa com deficiência intelectual é um problema que vem se desdobrando e mobilizando diferentes segmentos da sociedade. Os marcos legais tentam assegurar seus direitos e garantir-lhe o pleno exercício da sua cidadania, a começar pela educação básica. No entanto, sabemos que entre as leis e a realidade há uma grande fenda que distancia as práticas educacionais das propostas de inclusão. Isso ocorre devido a inúmeros fatores, que vão desde os métodos de ensino até as condições reais de trabalho existentes. Assim, se por um lado, os termos legais apontam para as necessidades contemporâneas, por outro, a educação procura atender às diretrizes para a inclusão, mas, ancorada em métodos tradicionais e com pouca ou nenhuma revisão dos seus elementos — espaço, mobiliário, metodologias, meios de comunicação, etc. —. O fato é que, por mais esforços que os educadores possam empenhar, não cabe somente a eles o pensar acerca de um problema tão complexo, pois o tema em questão necessita de amplo diálogo epistemológico para que se possam instituir outros paradigmas, com práxis novas, na perspectiva da não exclusão; da acessibilidade. É nesse contexto que o Projeto de Extensão Alfabetização Corporal vem se empenhando para fortalecer uma metodologia inter e transdisciplinar — a Metodologia Alfabetização Corporal —, que tem como meta a potencialização da capacidade de aprendizagem das pessoas com deficiência intelectual. O Projeto baseia-se na ideia de que o desenvolvimento humano depende dos processos de assimilação das informações promovidas pelas experiências corporais. Da sua criação à realização, até nos foi possível sonhar? O presente artigo é um relato de uma experiência de sucesso que vem solidificando uma metodologia de trabalho na qual as diferenças entre os sujeitos é a maior aliada do sonho em realização.


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