A REAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS DE UMA ESPAÇO NÃO-FORMAL DE EDUCAÇÃO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Albio Fabian Melchioretto, Ricardo José Mezzomo

Resumo


A pandemia do COVID-19 transformou o modo de viver da humanidade e desvelou outros comportamentos. A educação presencial abriu-se para outras possibilidades e o discurso da mediação de tecnologias digitais tornou-se efetiva em muitos meios. Ferramentas de videochamadas foram incorporadas em espaços de ensinar e aprender. Este artigo objetiva cartografar uma experiência de formação para voluntários de educação em espaços não formais. A formação, por sua vez, apresentava os recursos de uma ferramenta de videochamada. O relato da experiência guia-se pela cartografia social construída a partir das leituras de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Os dados da pesquisa foram construídos a partir de entrevistas semiestruturadas. Elas apresentaram a angústia da mudança ferramental, o medo diante da necessidade de mediar os encontros presenciais por tecnologias digitais e uma transformação de estruturas diante de questões que se faziam presentes antes da pandemia. Percebeu-se que a resistência não foi a tecnologia, mas a mudança de métodos e que a necessidade do distanciamento provocou uma reflexão sobre as abordagens e técnicas anteriormente empregadas.

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Referências


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