CORPOS REMODELADOS DE HOMENS HÍBRIDOS: A CUECA QUE VIROU UNDERWEAR E SUAS ESTÉTICAS MIDIÁTICAS

José Damião Rocha

Resumo


O corpo masculino está nas mídias, o corpo feminino está há mais tempo. E ao tratarmos da mídia, tornou-se lugar comum dizer que as tecnologias digitais estão mudando nossas social(idades). Ao longo dos últimos anos, as representações e apresentações do corpo nas mídias, produziram diversos efeitos sobre as experiências do invólucro corporal. Evidentemente o corpo forte, belo, jovem, inacreditavelmente perfeito. Misto de beleza, charme, elegância e sex appeal. A partir dessa visibilidade, o chamado “capital erótico” está na onda do momento, destacando que as pessoas e seus corpos atraentes fazem parte da capacidade de apresentação pessoal e habilidades sociais.

O texto relata e recorta determinadas análises das pesquisas que estamos realizando frente aos processos de midiatização e as múltiplas realidades do corpo, uma vez que nos tempos atuais há inúmeras possibilidades de descorporificação e recorporificação.

Nesse sentido identidades diversas e díspares estão sendo (re)construídas. Sequestros de sentidos, ou seja, daquilo que consensual e culturalmente possuía um conjunto de significação para as sociedades estão sendo ressignificados pelas tecnologias digitais, oferecendo outras possibilidades de comportamentos socioculturais, estéticos, identitários e sexuais.


Texto completo:

PDF

Referências


BAKHTIN, Michail. Os gêneros do discurso. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes: 1997.

BAKTHIN, Michael. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1998.

CIRNE, Moacy. História e crítica dos quadrinhos brasileiros. Rio de Janeiro: Europa/FUNARTE, 2000.

PEIRCE, Charles Sanders. Écrits sur le signe. Paris: Seuil, 1978.

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2004.

SANTAELLA, Lucia. Corpo e comunicação: sintoma da cultura. São Paulo: Paulus, 2004.

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2008.

SODRE, Muniz. Antropológica do espelho. Petrópolis: Vozes, 2002


Apontamentos

  • Não há apontamentos.