NARRATIVAS SURDAS: ACESSO À LIBRAS APÓS A LEI 10.436/2002

Ruth Angel Inti Henrique Lima Machado

Resumo


RESUMO:

Este trabalho foi desenvolvido a partir da formação inicial no campo da Educação e envolvimento com a educação de surdos. Tem como objetivo problematizar algumas questões marcantes na trajetória de vida escolar dos sujeitos surdos que dificultam o acesso à Língua Brasileira de Sinais. Com o propósito de analisar os fatores e as condições que não favoreceram o acesso e apropriação da Libras pelos surdos. Tendo como um dos eixos disparadores os 20 anos da LEI N.º 10.436 de 24 de abril de 2002, que reconhece a Libras como primeira língua do surdo. A pesquisa é do tipo etnográfica e apoiou-se na abordagem Histórico-Cultural, utilizando como base teórica o pensamento de Vigotski acerca da linguagem, tendo em vista, o papel social e cultural da linguagem, como elementos fundamentais para o desenvolvimento do ser humano. A pesquisa foi realizada no mês outubro de 2017, no município de Vitória - ES, no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS). Participaram a diretora e quatro alunos surdos do CAS, mais um surdo da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas (áudio e videogravadas). A análise de dados nos revela que a Lei N.º 10.436/02, o Decreto Nº 5.626/05 e os tímidos investimentos para o acesso a Libras não tem preenchido as lacunas presentes na educação dos surdos. Esse fato torna-se um dos motivos que ocasionam o tardio acesso dos surdos à Língua Brasileira de Sinais, nota-se que todos os entrevistados tiveram contato mais tarde com a Libras, e no ambiente escolar um desconhecimento e um desinteresse no aluno surdo e na Língua Brasileira de Sinais.


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Referências


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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