Metáforas da coesão: a tatuagem no movimento de sutura e cicatriz
Resumo
Este artigo coloca em discussão a escrita no corpo do sujeito. Pensando corpos constituídos em processos de subjetivação/identificação (PÊCHEUX, 1975) e individualização (ORLANDI, 2012), interrogo acerca da possibilidade de compreender a escrita na pele como prática de resistência (ORLANDI, 2012). Partimos da suposição de que esse corpo ideologicamente marcado é também um corpo de desejo: lugar de falta, do possível. É pela/na falta que o sujeito se constitui em sujeito de desejo, é na tentativa de tamponá-la que ele tece para si sentidos inscritos em práticas capazes de metaforizar a falta em ser: nas discursividades analisadas, o movimento de sentidos compõe cartografias marcadas por suturas e cicatrizes. Essas metáforas do corpo, assim formuladas, possibilitam pensar as práticas ideológicas como profundamente paradoxais: é no furo, nos sentidos em fuga (ORLANDI, 2013), que este trabalho dá a ver outros lugares de identificação, permitindo que a noção de resistência seja significada diferentemente.
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