FREE WILLIAMS: Subversão de padrões estéticos na cultura da reciclagem

Júlia Mello, José Cirillo

Resumo


O trabalho videoartístico “Free Williams” (2004) de Elisa Queiroz traz alguns minutos de bom humor e ironia remetendo à figura da atriz e nadadora Esther Williams e às coreografias aquáticas criadas por Busby Berkeley. A artista realiza uma performance com outros 6 participantes, enfocando imagens de seu corpo obeso que se mesclam com cenas protagonizadas por Williams. Através do entendimento do projeto artístico como inserido na “cultura da reciclagem”, termo utilizado por Bastos (2004), o presente trabalho tem por objetivo fazer emergir reflexões sobre as “colagens” videográficas propostas que se alinhavam a uma espécie de subversão dos padrões estéticos voltados ao corpo feminino. Queiroz toma o lugar da forma esguia de Williams e propicia ao espectador uma reflexão sobre a condição do corpo feminino obeso na atual sociedade preocupada com os constantes "upgrades" que, segundo Sibilia (2002), a tecnologia proporciona à forma física. Os resultados revelam entrecruzamentos entre arte, corpo e política. 


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