A ALTERIDADE DISTORCIDA

Giovani Roberto Gomes da Silva

Resumo


Considerando a evolução da representação na literatura ocidental, o presente artigo faz uma análise de diversos textos da literatura brasileira, desde a literatura de informação do século XVI até o modernismo, considerando as particularidades de cada época, para observar características do corpo indígena que usualmente são deformadas, a fim de traçar paralelos que evidenciem padrões atribuídos à relação de nossa literatura com o elemento indígena, e identificar características específicas como ordenações retórico-poéticas que tenham se tornado lugares-comuns no processo de consolidação do indígena literário.


Texto completo:

PDF

Referências


ANDRADE, Mário de. Macunaíma. São Paulo: Editorial CSIC-CSIC Press, 1988.

ARISTÓTELES. A poética clássica. Tradução de Jaime Bruna. 1. ed. 17. reimpressão. São Paulo: Cultrix, 2014.

BASTOS, Alcmeno. O índio antes do indianismo. Rio de Janeiro: FAPERJ/7Letras, 2011.

BOSI, Alfredo. Céu, inferno: ensaios de crítica literária e ideológica. São Paulo: Editora 34, 2003.

______. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Editora Cultrix, 1994.

CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. São Paulo: hedra, 2009.

CARVALHO, Maria do Socorro Fernandes de. Poesia de agudeza em Portugal. São Paulo: Editora Humanitas, 2007.

FONSECA, Maria Augusta. “Ponteio da Violinha: O Rapsodo Moderno e o Herói sem Nenhum Caráter”. In: JÚNIOR, Benjamin Abdala; DE ALMEIDA CARA, Salete. Moderno de nascença: figurações críticas do Brasil. Boitempo Editorial, 2006.

GANDAVO, Pero Magalhães. Tratado da terra do Brasil. História da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil,[...]. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1980.

HANSEN, João Adolfo. A sátira e o engenho: Gregório de Matos ea Bahia do século XVII. São Paulo: Atelie Editorial, 2004.

______. Pedra e Cal: freiráticos na sátira luso-brasileira do século XVII. Revista USP, N. 57, 2003.

LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo:Papirus, 2005.

LIMA, Luiz Costa. Sociedade e discurso ficcional. Nova Fronteira, 1986.

MATOS, Gregorio de. Obras Completas, Vol. 4. Bahia: Editora Janaina, Ltda, 1969.

MATOS, Gregorio de. Poemas atribuidos: Códice Asensio-Cunha. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

MELLO E SOUZA, Gilda. O tupi e o alaúde. O tupi eo alaúde, 1979.

ROGNON, Frederic. Os primitivos, nossos contemporaneos: ensaio e textos. Papirus, 1991.

SKINNER, Quentin. Razão e retórica na filosofia de Hobbes. Unesp, 1999.

SOUZA, Eneida Maria de. “Macunaíma, filho da luz”, em MOTA, Lourenço Dantas & ABDALA Jr., Benjamin. Personae. Grandes personagens da literatura brasileira. São Paulo: SENAC, 2001.

VIEIRA, Antônio. Sermões (Tomos I e II). São Paulo: Hedra.(Original publicado em 1669), 2001.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.