O UNIVERSO PROVOCANTE DA ARTE E TECNOLOGIA
Resumo
Resumo:
Arte e técnica coexistem desde os primórdios da existência humana, entretanto essa relação ganha um estado completamente novo nos dias de hoje. Com a arte digital somos impelidos a ver a manifestação artística na confluência do hardware com o software, ou seja a tecnologia sendo o suporte para o artista. Sendo assim se apresenta para o artista a necessidade de se apropriar dessas tecnologias como garantia de autonomia poiética.
Palavras-chave: arte; tecnologia; ciberarte.
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PDFReferências
A convergência das mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica. A convergência altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e público. A convergência altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento. Lembrem-se disso: a convergência refere-se a um processo, não um ponto final.(...) Prontos ou não, já estamos vivendo numa cultura da convergência. (JENKINS. 2009, p. 43)
Pensadores atuais, como Vilém Flusser, Götz Grobklaus ou Dietmar Kamper, postulam que os seres humanos já não vivemos, hoje, exclusivamente “no” mundo, nem “na” linguagem, mas, principalmente, “nas” imagens: nas imagens que produzimos no mundo, de nós mesmos e de outras pessoas; e nas imagens do mundo, de nós mesmos e de outras pessoas que nos são proporcionadas pelos meios técnicos. (GIANNETTI. 2006, p. 149)
O que faz um verdadeiro criador, em vez de submeter-se simplesmente a um certo número de possibilidades impostas pelo aparato técnico, é subverter continuamente a função da máquina de que ele se utiliza, é manejá-la no sentido contrário de sua produtividade programada. Talvez até se possa dizer que um dos papéis mais importantes da arte numa sociedade tecnocrática seja justamente a recusa sistemática de submeter-se à lógica dos instrumentos de trabalho, ou de cumprir o projeto industrial das máquinas semióticas, reinventando, em contrapartida, as suas funções e finalidades. Longe de deixar-se escravizar por uma norma, por um modo estandartizado de comunicar, obras realmente fundantes na verdade reinventam a maneira de se apropriar de uma tecnologia. (MACHADO in LEÃO. 2002, p. 151)
A esse corpo sob interrogação estou aqui chamando de corpo biocibernético. Quero com isso indicar a consciência que foi gradativamente emergindo de um novo estatuto do corpo humano como fruto de sua crescente ramificação em variados sistemas de extensões tecnológicas até o limiar das perturbadoras previsões de sua simulação na vida artificial e de sua replicação resultante da decifração do genoma. (SANTAELLA. 2003, ps. 181/182)
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